Caminhoneiro é preso em ação da PCMG pelo homicídio da companheira

Após seis dias de investigação, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, na manhã desta quinta-feira (29), Marcelo Silveira Miguez Mendes, de 42 anos. Ele é suspeito de matar a companheira, com quem se relacionou por 18 anos, Lucilene Carla da Silva Aniceto Mendes, de 34.
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O corpo da mulher foi encontrado no último dia 24 (sábado), enrolado a uma lona em um terreno baldio, no bairro Buritis, na capital. A vítima foi encontrada com vários hematomas e marcas de esganadura. O Instituto Médico Legal (IML) realiza exames no corpo para determinação da causa morte, assim como para identificar possíveis resquícios de DNA do autor no corpo de Lucilene. Marcelo apresentava arranhões no braço e hematomas na perna, prováveis sinais de defesa da vítima. A suspeita principal é de que Lucilene tenha sido morta em local diverso ao do encontro do corpo.
De acordo com as investigações, a motivação para o crime seria a negativa de Marcelo em aceitar o fim do relacionamento do casal. Na semana do crime, eles haviam combinado que Lucilene deixaria a casa em que moravam na sexta-feira. No entanto, no dia acertado pelo casal, Lucilene passou a se comunicar somente por mensagens, o que chamou a atenção de amigos e parentes.
Conforme testemunhas, nas mensagens constavam erros gramaticais grosseiros, diferente da forma como Lucilene escrevia. Familiares também suspeitaram do fato de a vítima dizer nas mensagens que havia desistido da separação. A Polícia acredita que as mensagens tenham sido enviadas por Marcelo.
Outra atitude suspeita de Marcelo foi uma alteração na rotina sem qualquer justificativa. O investigado tinha o costume de deixar o filho do casal, de seis anos, na casa de parentes, às 6 horas da manhã. Nesse dia ele chegou à casa do familiar às 3h.
Durante as investigações, a família ainda procurou a Polícia afirmando suspeitar de que Lucilene vinha sendo dopada por Marcelo, em razão da mudança repentina de comportamento da mulher. O Delegado Daniel Buchmüller, que preside o inquérito policial, contou que o suspeito se contradisse várias vezes durante depoimento e mostrou-se frio no velório da companheira. Ainda segundo o Delegado, Marcelo, que não tinha antecedentes criminais ou histórico de violência doméstica, foi preso temporariamente e encaminhado para o Ceresp Gameleira. Ele irá responder por homicídio qualificado por motivo fútil e feminicídio.
O chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Delegado-geral Rodrigo Bossi, ressaltou o fato de o crime ter sido cometido às vésperas do Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher (25), conforme determinado pelo Projeto de Lei nº 10.672, de 2018. Ele ainda chamou atenção para a questão de o Brasil ser o 5º país com maior taxa de feminicídio no mundo.
Participaram das investigações o chefe do DHPP Rodrigo Bossi, o delegado Daniel Buchmüller, a escrivã Juliana Marques, o subinspetor Dário Costa, e os investigadores Jonatas Augusto, Paola Farias e Alexander Neves.

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