Polícia Civil Desmantela Esquema Nacional de Falsificação em Pará de Minas (MG), com Apreensão de Sete Toneladas de Produtos

Pará de Minas, MG – A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) desferiu um duro golpe contra a pirataria e a fraude de marcas na segunda-feira (27), ao deflagrar uma operação que resultou na apreensão de cerca de sete toneladas de produtos falsificados em Pará de Minas, na região Centro-Oeste do estado. A ação revelou a existência de um sofisticado esquema de distribuição que utilizava tanto canais tradicionais quanto a venda online via dropshipping para alcançar consumidores em todo o país.


 

O Flagrante: Um Galpão Repleto de Ilegalidade

 

O epicentro da fraude era um vasto galpão utilizado exclusivamente para o armazenamento e logística da mercadoria ilegal. Ao adentrarem o local, os policiais da 3ª Delegacia de Investigação a Fraudes se depararam com uma montanha de itens acondicionados, prontos para a distribuição.

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A apreensão foi massiva, totalizando 214 bags (grandes sacos de armazenamento) repletos de itens que simulavam a identidade visual e os símbolos de grifes e marcas renomadas. A variedade de produtos confiscados demonstra a escala do empreendimento criminoso:

  • Vestuário: Calças, camisas de malha, camisas polo e grande quantidade de camisas de clubes de futebol, um alvo frequente da pirataria.

  • Íntimos e Acessórios: Cuecas e perfumes.

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  • Calçados: Diversos modelos que reproduziam o design de marcas registradas.

Todos os itens apreendidos ostentavam marcas registradas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), configurando crime contra a propriedade industrial e concorrência desleal.

 

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Alvos da Investigação: Dropshipping e Venda Nacional

 

De acordo com as investigações conduzidas pelo Departamento Estadual de Combate a Corrupção e a Fraudes (Deccof), o esquema utilizava uma logística dupla para maximizar os lucros e a capilaridade:

  1. Comércio Tradicional: Fornecimento direto para lojistas e revendedores em diversas cidades.

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  2. Dropshipping (Venda Online): Utilização de plataformas digitais para comercialização, onde o galpão em Pará de Minas funcionava como centro logístico de envio, camuflando a origem ilícita dos produtos.

A sofisticação do método logístico e de vendas online é um indicativo da profissionalização do crime de falsificação no estado.

 

Suspeito Identificado e Material Apreendido

 

As investigações que culminaram na operação tiveram início há cerca de um mês, após uma representação criminal ser protocolada por um escritório de advocacia que atua na defesa dos direitos de propriedade industrial das marcas lesadas.

O principal suspeito, um homem de 24 anos, foi identificado como o responsável pela coordenação do esquema de distribuição. Ele será investigado pelos crimes de contrabando, fraude e violação de direitos autorais e de propriedade industrial.

Além das toneladas de roupas e acessórios, a Polícia Civil também apreendeu equipamentos essenciais para a operação do esquema:

  • Três notebooks

  • Seis aparelhos celulares

Estes dispositivos serão periciados pela PCMG e devem fornecer informações sobre a rede de fornecedores, distribuidores e a cartela de clientes que atuavam na revenda dos produtos falsificados em nível nacional.

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