Homem é Condenado a Mais de 125 Anos de Prisão por Chacina de Itabirito (MG)

Em um desfecho judicial que marca a busca por justiça para um dos episódios mais bárbaros da história recente de Minas Gerais, o Tribunal do Júri de Belo Horizonte proferiu, nesta terça-feira (22), uma sentença histórica. Um homem foi condenado a uma pena de 125 anos e seis meses de reclusão, além de oito meses e 24 dias de detenção, pela autoria dos crimes que chocaram o país e ficaram conhecidos como a Chacina de Itabirito, ocorrida em 2020.

O Julgamento e as Acusações Detalhadas

O julgamento, que por questões de segurança pública foi "desaforado" da comarca de Itabirito para a capital mineira, culminou com a total acolhida das teses apresentadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A severidade da pena reflete a gravidade dos crimes imputados ao réu, que incluíram:

  • Cinco homicídios consumados, todos duplamente qualificados.
  • Quatro tentativas de homicídio, igualmente duplamente qualificadas, sendo uma delas contra uma criança de apenas dois anos de idade, o que ressalta a crueldade do ato.
  • Associação criminosa armada.
  • Oito ameaças.

Após a leitura da sentença pelos jurados, o magistrado responsável pelo caso determinou a manutenção da prisão do réu, garantindo que ele permaneça sob custódia, aguardando o início do cumprimento da pena.

Relembrando a Tragédia: A Chacina de Itabirito

Os crimes que levaram à condenação ocorreram em 8 de agosto de 2020, no bairro Vila José Lopes, na cidade de Itabirito, localizada na região Central do estado de Minas Gerais. A data era um Dia dos Pais, e o palco da tragédia era uma confraternização familiar que deveria ser de alegria e celebração.

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De acordo com a denúncia do MPMG, por volta das 20h, o réu chegou ao local em um veículo, invadiu a residência onde a família celebrava e, de forma brutal e impiedosa, efetuou dezenas de disparos de arma de fogo. Nove integrantes da mesma família foram atingidos. 

A Atuação Incansável do Ministério Público

O promotor de Justiça Guilherme de Sá Meneghin, um dos responsáveis pela acusação, destacou a dedicação e diligência da atuação do MPMG em todas as etapas do processo. "O MPMG atuou de forma diligente no caso, desde a instrução na comarca de Itabirito até o Plenário do Julgamento realizado na última terça-feira em Belo Horizonte", afirmou Meneghin.

A complexidade e a sensibilidade do caso exigiram medidas especiais de proteção às vítimas e testemunhas. Segundo o promotor, "vale dizer que uma das vítimas sobreviventes e uma testemunha foram ouvidas de forma sigilosa, pois estão no serviço de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas". Essa medida ressalta o ambiente de intimidação e a necessidade de garantir a segurança daqueles que contribuíram para a elucidação dos fatos e a condenação do réu.

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