O Governo de Minas Gerais, através da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), deu início, nesta segunda-feira (26), ao Minas Junina 2025, uma iniciativa ambiciosa que visa consolidar e impulsionar as festividades juninas em todas as regiões do estado. O programa, que se apresenta como uma política pública estruturante, tem como objetivo celebrar, valorizar e promover a rica cultura popular e tradicional mineira.
Descentralização Cultural: A Chave para o Sucesso do Minas Junina
O Minas Junina 2025 está integrado ao Descentra Cultura, um programa inédito no Brasil que busca efetivamente descentralizar a promoção cultural. Através dessa integração, o projeto visa fortalecer a transversalidade entre cultura e turismo, articulando municípios, artistas e comunidades na criação do maior circuito junino já visto em Minas Gerais.
Com o apoio do Governo do Estado, mais de 400 municípios mineiros participarão ativamente das celebrações em 2025. Esse suporte se dará por meio de:
- Fomento direto: Editais regionais que impulsionarão as iniciativas locais.
- Valorização dos patrimônios imateriais: Reconhecimento e apoio às tradições e saberes populares.
- Recursos do ICMS Cultural: Incentivos financeiros que garantem autonomia e protagonismo às cidades na preservação e ativação de seus bens culturais e festejos tradicionais.
Impacto Econômico e Social da Cultura Junina
O Minas Junina não é apenas uma celebração cultural, mas também uma política de desenvolvimento econômico. Em 2024, a captação de recursos via Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LeiC) atingiu a marca de R$ 159 milhões, impulsionando centenas de projetos em festas populares, quadrilhas, reinados, congados, folias e diversas outras expressões artísticas.
Essa expressiva movimentação financeira se traduz em:
- Geração de empregos: O setor cultural impulsiona a criação de postos de trabalho em diversas áreas.
- Estímulo ao turismo local: As festas juninas atraem visitantes de diversas regiões, aquecendo a economia local.
- Valorização da identidade mineira: As tradições juninas fortalecem o sentimento de pertencimento e a identidade cultural do estado.
- Dinamização das cadeias produtivas da cultura: O evento impulsiona diversos setores relacionados à cultura, como artesanato, gastronomia e música.
Arraiá da Liberdade: O Palco da Integração entre Capital e Interior
Na capital mineira, o Arraiá da Liberdade, promovido pela Fundação Clóvis Salgado (FCS) e realizado nos jardins do Palácio da Liberdade, será o palco simbólico da integração entre a capital e o interior do estado. Nos dias 27, 28 e 29 de junho, o espaço receberá dezenas de grupos de quadrilha, congos, catopês e outras expressões culturais vindas de todas as regiões de Minas Gerais.
O Arraiá da Liberdade celebra o ciclo junino como um momento de encontro, fé, arte e exaltação da mineiridade.
Congadas: Patrimônio Imaterial Fortalecido
O Minas Junina 2025 também reforça o reconhecimento das Congadas como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais, título conquistado em 2024. Em 2025, o Governo do Estado ampliará os investimentos nas tradições afro-mineiras com editais exclusivos e apoio técnico por meio do Programa de Proteção da Cultura Afro e do Descentra Cultura.
Descentralização Cultural: Uma Política Integral
"O Descentra Cultura é mais que uma política de fomento: é uma política integral, que vai da base, com o apoio técnico e os editais, até a promoção, comunicação e valorização da cultura nos palcos da capital e do interior. É uma engrenagem viva que movimenta todo o sistema de cultura e turismo de Minas Gerais, unindo planejamento, diversidade, protagonismo territorial e mineiridade", afirma o secretário da Secult-MG, Leônidas de Oliveira.
Com a destinação inédita de 30% dos recursos públicos para a cultura popular e tradicional, Minas Gerais se consolida como referência nacional em políticas culturais democráticas, inclusivas e territorializadas.
Protagonismo do Interior: A Essência do Minas Junina
É no interior do estado que o Minas Junina revela seu verdadeiro potencial de transformação social e cultural. Em Pavão, no Vale do Mucuri, o Forró do Regaço movimenta moradores e visitantes com shows, danças e comidas típicas. Piranguinho, no Sul de Minas, realiza com orgulho a 18ª Festa do Maior Pé de Moleque do Mundo, uma celebração reconhecida como Patrimônio Imaterial de Minas Gerais. O Festival Junino de Paraopeba, na Região Central, já se consolidou como evento de grande apelo regional, enquanto o 1º Juninão na Praça, em Rio Paranaíba, estreia com a expectativa de se tornar referência no Alto Paranaíba.
Municípios como Itinga, Janaúba, Jequitinhonha, Lagoa da Prata, São João Nepomuceno, Pedra Azul, Monte Azul e tantos outros demonstram a força das manifestações culturais locais, com festas que unem fé, música, dança e identidade.