O Governo de Minas Gerais segue trabalhando intensamente para prestar assistência e respostas após o grave acidente ocorrido no sábado (21) na BR-116, em Teófilo Otoni, Vale do Mucuri. Um ônibus, um carro de passeio e uma carreta bitrem se envolveram na colisão que resultou em 41 mortes. Na manhã de domingo (22), representantes do Estado e das Forças de Segurança atualizaram a situação em entrevista coletiva.
Mobilização Estadual
O Governador Romeu Zema, representado pelo Coronel Paulo Roberto Bermudes Rezende, chefe do Gabinete Militar do Governador (GMG) e da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec-MG), afirmou ter determinado a mobilização total da estrutura do Estado para garantir resposta rápida e humanizada, coordenando os trabalhos das Secretarias de Saúde, Desenvolvimento Social e das Forças de Segurança. O Coronel Bermudes destacou a rápida atuação conjunta, que permitiu, por exemplo, o transporte imediato da equipe do Instituto Médico Legal (IML) por meio de uma aeronave do GMG, agilizando o transporte das vítimas fatais e orientando o trabalho dos assistentes sociais.
Atuação das Forças de Segurança
O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) foi acionado às 4h de sábado. Treze militares em cinco viaturas trabalharam por cerca de 12 horas no local, que apresentava declive e curva. Segundo o Capitão Alexandre Monteiro, da Comunicação Organizacional do CBMMG, o ônibus seguia de São Paulo para a Bahia, enquanto a carreta bitrem ia do Ceará para o Espírito Santo. A princípio, havia 45 ocupantes no ônibus, três no carro e o motorista da carreta, informações ainda sob verificação.
Investigação
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio do delegado Saulo Castro, aponta como principal linha de investigação o desprendimento de um bloco de granito da carreta, que teria atingido o ônibus, provocando o incêndio. Indícios preliminares sugerem excesso de peso na carreta, o que configura responsabilidade do motorista, que está foragido. A PCMG fará novas análises nos veículos e buscará imagens de câmeras de segurança. O motorista já teve a CNH apreendida em 2022 por recusa ao teste do bafômetro. A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), com apoio de outras forças policiais, busca o motorista. O Tenente-coronel Flávio Santiago, do Centro de Jornalismo da PMMG, fez um apelo para que ele se apresente à Polícia Civil.
Identificação das Vítimas e Apoio às Famílias
Equipes da perícia criminal e medicina legal de Belo Horizonte foram enviadas a Teófilo Otoni em aeronave do GMG. Os 41 corpos foram levados para o IML André Roquette, em Belo Horizonte. Onze vítimas já foram identificadas e dois corpos estão em processo de liberação. O perito criminal Felipe Dapieve explicou que será feita coleta de material genético e análise de sinais particulares. Uma estrutura na Academia de Polícia Civil (Acadepol) receberá as famílias para coleta de material genético e entrega de documentação. A PCMG atua com polícias de outros estados para coletar material genético das famílias nos locais de origem. Um telefone foi disponibilizado para apoio e instruções: (31) 3379-5059.
Ricardo Alves, secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese), afirmou que a pasta está oferecendo apoio às famílias desde sábado, tanto em Teófilo Otoni quanto em Belo Horizonte.