Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas volta atrás das acusações; assista

Cezar Bittencourt declarou em entrevista à GloboNews que ex-presidente 'sabia de tudo', e volta atrás minutos afirmando não ter citado 'plano de morte'

O advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, deu declarações contraditórias durante uma entrevista à GloboNews, nesta sexta-feira (22). Ele inicialmente afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha conhecimento de um suposto plano para matar Luiz Inácio Lula da SilvaGeraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. No entanto, minutos depois, o advogado recuou, negando ter mencionado "plano de morte".

Durante a entrevista, ao ser questionado se Mauro Cid confirmou que Bolsonaro sabia do plano, Bittencourt declarou: “Confirma que sabia, sim. Na verdade, o presidente de então sabia tudo, comandava essa organização.”

Após uma falha na conexão, ele voltou ao programa com uma postura mais cautelosa, afirmando que Bolsonaro apenas “teria conhecimento dos acontecimentos que estavam se desenvolvendo”. Ele enfatizou: “Não falei em plano de morte, plano de execução. Execução do plano pensado, nesse sentido.”

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Indiciamento de Bolsonaro e novos depoimentos

A declaração ocorre um dia após o indiciamento de Bolsonaro e outras 36 pessoas pela Polícia Federal. As acusações incluem tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolir o Estado democrático de direito e organização criminosa.
Segundo o advogado, o depoimento de Cid ao Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou que Bolsonaro tinha conhecimento da minuta golpista que sugeria alterações no documento. A audiência, conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, reforçou a validade do acordo de colaboração premiada firmado entre Cid e a Polícia Federal.

Avanços na investigação

Bittencourt também tentou minimizar o impacto das acusações. “O plano de golpe de Estado nem sei se estava em curso. O que eu sei é que havia uma turbulência administrativa nas possibilidades do governo. Claro que ele tinha conhecimento. Que tipo de golpe? Não sei que tipo de golpe poderia ser. Mas o presidente sabia o que estava acontecendo”, disse o advogado.

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A declaração reforça a complexidade do caso, que há mais de um ano busca conectar os eventos da invasão dos prédios públicos na Praça dos Três Poderes às lideranças políticas da época.

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