Polícia Civil de Minas Gerais desmantela esquema de rifas ilegais promovidas por influenciadores digitais

A Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou, na última quarta-feira (13), a primeira fase da Operação "Sorte Grande", visando desmantelar um esquema de rifas ilegais promovidas por meio de redes sociais. Quatro suspeitos foram presos em flagrante durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão: três homens, de 26, 27 e 39 anos, e uma mulher de 38 anos.

A operação ocorreu simultaneamente em Lagoa Santa e Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e em Ubá, na Zona da Mata. Os investigados, segundo a PCMG, possuem um alcance significativo nas redes sociais, acumulando quase cinco milhões de seguidores e atingindo diariamente um grande público com as ofertas ilegais.

Investigação minuciosa revela esquema milionário

As investigações, conduzidas pela 3ª Delegacia Especializada em Investigação de Fraudes, vinculada ao Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes (Deccof), tiveram início em julho de 2024, após denúncias anônimas relatarem a atuação de influenciadores digitais que utilizavam suas plataformas para promover rifas ilegais. Os prêmios ofertados incluíam bens de alto valor, como carros de luxo, atraindo a atenção de um grande número de pessoas.

O delegado Anderson Resende Kopke, responsável pela operação, detalhou o processo investigativo: "Com base em análises financeiras e monitoramento das redes sociais, a Polícia Civil representou ao Poder Judiciário por medidas cautelares. Obtivemos mandados de busca e apreensão, quebra de sigilo bancário e bloqueio de bens dos investigados".

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A operação contou com a participação de 17 policiais civis e resultou na apreensão de:

  • Quatro armas de fogo
  • Nove celulares
  • Notas cenográficas (falsificadas)
  • Oito veículos de luxo, avaliados em aproximadamente R$ 2 milhões

Próximos passos da investigação

O delegado Kopke afirmou que as investigações prosseguem com o objetivo de aprofundar a análise bancária dos suspeitos e identificar possíveis associados ou líderes do esquema. A polícia busca desvendar toda a estrutura da organização criminosa e responsabilizar todos os envolvidos. A PCMG também investigará a origem dos veículos de luxo apreendidos, buscando determinar se são produtos de crimes anteriores.

Os quatro investigados foram encaminhados ao sistema prisional e ficarão à disposição da justiça. Eles responderão pelos crimes de promoção de rifas ilegais, lavagem de dinheiro e, possivelmente, outros crimes que venham a ser descobertos no decorrer das investigações.

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