Lula e Macron defendem fim das sanções à Venezuela se país realizar eleições justas

Presidentes pedem a retomada das negociações congeladas entre o governo do presidente socialista Nicolás Maduro e seus adversários com vistas às eleições presidenciais previstas para 2024

Ao lado dos presidentes da França, da Colômbia e da Argentina, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta terça-feira (18), com a Vice-Presidenta da Venezuela, Delcy Rodriguez, e Gerardo Blyde, negociador-chefe da Plataforma Unitária da oposição venezuelana. O encontro buscou debater a situação na Venezuela e convencer as autoridades do país a retomar o diálogo e a negociação no âmbito do processo do México sobre as condições para as próximas eleições. “Eles fizeram um apelo em prol de uma negociação política que leve à organização de eleições justas para todos, transparentes e inclusivas, que permitam a participação de todos que desejem, de acordo com a lei e os tratados internacionais em vigor, com acompanhamento internacional. Esse processo deve ser acompanhado de uma suspensão das sanções, de todos os tipos, com vistas à sua suspensão completa”, disseram as autoridades em comunicado.

Lula, Emmanuel Macron, Alberto Fernández e Gustavo Petro têm defendido a retomada das negociações congeladas entre o governo do presidente socialista Nicolás Maduro e seus adversários com vistas às eleições presidenciais previstas para 2024. O grupo afirmou que a Venezuela deve ter eleições presidenciais livres em 2024, que incluam o acompanhamento de missões de observadores internacionais e que, caso isso seja realizado, as sanções impostas ao país, devem ser retiradas. Esta é a segunda reunião neste formato, depois de uma primeira em novembro, durante o Fórum da Paz de Paris, mas que não contou a presença de Lula, que ainda não tinha tomado posse para seu terceiro mandato. Durante a cúpula entre a União Europeia (UE) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Delcy Rodríguez pediu o levantamento das sanções econômicas lideradas pelos Estados Unidos contra a Venezuela, que ela classificou de “bloqueio criminoso”.

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Na semana passada, o negociador-chefe do chavismo e presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez, e também irmão da vice-presidente Delcy, descartou o envio de uma missão eleitoral da UE para o próximo pleito na Venezuela. O bloco europeu enviou uma missão de observação ao país sul-americano no final de 2021 para as eleições regionais e municipais, as primeiras desde 2006, e destacou alguns avanços, mas também criticou “a inabilitação arbitrária de candidatos”. No início de julho, a UE expressou “preocupação” com a inabilitação da candidata opositora María Corina Machado e sugeriu a revisão do papel da Controladoria-Geral no caso, o órgão responsável pela punição. Nesta segunda, 14 pré-candidatos opositores venezuelanos inscritos nas primárias para definir um rival único para enfrentar Maduro se reuniram em Caracas para “avaliar estratégias comuns” diante de “ameaças” como as inabilitações, anunciaram os organizadores das prévias, que estão marcadas para 22 outubro.

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