Nesta quarta-feira (24), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) em conjunto com a Polícia Militar realizou o cumprimento dos mandados de prisão preventiva de um casal, ambos com 21 anos de idade, acusados de agredirem um bebê com menos de 2 meses em João Pinheiro, região Noroeste do estado. O pai já se encontrava preso em flagrante desde a última segunda-feira (22), quando foi autuado pelo crime de ameaça no contexto de violência doméstica.
Os acontecimentos tiveram início na segunda-feira (22), quando a Polícia Militar foi acionada no Hospital da cidade após uma criança com pouco mais de um mês de vida dar entrada na unidade apresentando diversas fraturas pelo corpo. Os médicos, ao constatarem a gravidade das lesões, acionaram as autoridades policiais e o casal foi encaminhado para a delegacia para os procedimentos legais.
Durante o depoimento, a mãe da criança relatou que os fatos ocorreram na tarde do dia 19 de maio, quando o bebê estava sofrendo com uma crise de cólica. Segundo o delegado responsável pela investigação, Danniel Pedro da Conceição, o pai, bastante alterado, teria agredido a criança e a jogado no chão várias vezes. A mulher afirmou que pretendia chamar a polícia, mas foi ameaçada de morte pelo companheiro.
O delegado ressaltou ainda que o casal já possuía histórico de violência doméstica e que o suspeito está sendo denunciado pelo Ministério Público por lesão corporal em contexto de violência doméstica.
Após apuração dos fatos, foi constatado que o homem permaneceu em casa nos dias seguintes, saindo apenas na segunda-feira para trabalhar, momento em que a mãe levou o bebê ao hospital. O estado da criança era alarmante, apresentando duas perninhas quase em sinal de amputação, diversas lesões no rosto, nariz e no pescoço, com dificuldade de movimentação.
Inicialmente, a mãe havia declarado que ambos agrediam a criança, mas na sexta-feira, dia 19 de maio, ela afirmou que somente o companheiro era o responsável pelas agressões. O pai foi autuado em flagrante por ameaça no contexto de violência doméstica e indiciado pelo crime de tentativa de homicídio qualificado, cuja pena pode ultrapassar 10 anos de prisão. Ambos responderão também pelo crime de maus-tratos qualificado por lesões graves.
Além disso, a Polícia Civil está investigando as circunstâncias da morte de outra criança do mesmo casal, com apenas um mês e 17 dias de vida. Inicialmente, a mãe havia alegado morte natural, alegando que a criança havia amamentado durante a noite e acordaram com a triste constatação de seu falecimento. Porém, a investigada mudou sua versão na última segunda-feira, dia 22 de maio, revelando que o responsável pela morte da criança foi o pai. Segundo a nova versão, durante a amamentação, o pai, motivado por uma crise de ciúmes, amarrou a companheira e sufocou o bebê com um travesseiro. O laudo pericial apontou que a causa da morte poderia ser asfixia mecânica, corroborando com o relato da mãe.
Diante das novas informações, as investigações continuam em curso. A linha de apuração mudou, e agora serão analisadas as possíveis participações da mãe, tanto por omissão quanto por cumplicidade nos crimes cometidos pelo marido. A polícia segue empenhada em esclarecer todos os detalhes desse trágico episódio e garantir que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados pela justiça.
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