Em Teófilo Otoni, Lula diz que vai aumentar o número de universidades no Brasil

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nessa sexta-feira (21) que pretende expandir o número de universidades federais no país. “É necessário que a gente continue fazendo mais universidades para que mais brasileiros possam estudar, possam ser aperfeiçoar e ter uma profissão”, ressaltou, ao discursar em Teófilo Otoni (MG). 

Para Lula, a qualificação da mão de obra vai permitir que o Brasil se posicione melhor até nos mercados internacionais. “Quando isso acontecer a gente não vai exportar apenas soja, milho e minério de ferro, a gente vai exportar a coisa que tem mais valor agregado que é a inteligência do povo brasileiro e o conhecimento”. O candidato prometeu ainda construir um hospital universitário na região. “Para que os estudantes de medicina possam se aperfeiçoar”.

Mais tarde, ao falar à imprensa em Juiz de Fora, também em Minas Gerais, Lula voltou ao tema da educação. “Nós vamos voltar com muita força para o Fies e para o Prouni”, disse em referência as políticas de financiamento estudantil para o ensino superior adotadas nos governos anteriores do PT.

De acordo com o ex-presidente, essas políticas, em conjunto com adoção das cotas raciais e sociais, permitiram que o corpo de estudantes das universidades se aproximasse mais da realidade brasileira. “Mudou a qualidade e mudou a cor da universidade brasileira, ela é para todos agora. Ela mostra a cara do povo brasileiro, é uma mistura”, destacou ao lembrar que antes dessas políticas o ensino superior atendia majoritariamente as camadas mais ricas da população. “A universidade antes era uma universidade de brancos, raramente você encontrava um menino negro na universidade”.

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Lula disse ainda que pretende trabalhar na educação básica valores que contribuam para o enfrentamento do racismo. “Nós vamos reiterar o estudo da história africana no nosso Brasil”, destacou. O candidato disse, que caso eleito, ira colocar em prática uma das propostas da senadora Simone Tebet (MDB), que concorreu à Presidência no primeiro turno das eleições e, agora, é apoiadora de Lula. “Fazer o ensino médio também integral e profissional. As pessoas têm que aprender uma profissão. Porque se as pessoas estiverem trabalhando e quiserem estudar, podem se sustentar com muito mais facilidade”, disse.

Auxílio Brasil
Lula disse que pretende manter o pagamento do Auxílio Brasil para famílias de baixa renda em um eventual governo. “Enquanto o povo estiver passando necessidade e fome, nós vamos continuar”, enfatizou. Entretanto, ele gostaria que o programa fosse reestruturado nos moldes do antigo Bolsa Família, a partir de um cadastro mais consistente e com contrapartida dos beneficiários. “Nós tínhamos condicionantes para as pessoas, tinha que colocar os filhos na escola, os filhos tinham que tomar vacina. Era um programa que dava responsabilidade à sociedade”, comparou.

À noite, o candidato do PT participou de uma live com o deputado federal André Janones (Avante-MG) e disse que, caso eleito, o salário mínimo será reajustado com base no crescimento da economia. “No nosso governo o salário mínimo vai ser aumentado de acordo com o crescimento da economia. Se a economia crescer 10%, ele [o salário] vai ter 10% [de aumento]. Não basta o PIB [Produto Interno Bruto] crescer se ele não é distribuído. Nós temos que garantir aos aposentados, pensionistas, aos que recebem BPC [Benefício de Prestação Continuada] que eles têm que ter o aumento real”.

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