Delegado e investigadores são presos suspeitos de corrupção e tráfico de drogas em Juiz de Fora (MG)

A Operação Transformers cumpriu 31 mandados de prisão preventiva, 61 mandados de busca e apreensão, 148 mandados de sequestro de veículos, 10 mandados de sequestro e indisponibilidade de imóveis, apreensão e indisponibilidade financeira de R$55 milhões.

Um delegado e seis investigadores da Polícia Civil (PC) foram presos nesta quinta-feira (20) em Juiz de Fora, na Zona da Mata. As prisões fazem parte da mega operação "Transformers", realizada pela Polícia Civil e pelo  Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) com apoio das polícias Militar, Federal, do Meio Ambiente, Penal e da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF-MG).

Vários policiais estão sendo investigados pela suspeita de integrarem uma organização criminosa voltada à prática de tráfico de drogas e associação com o tráfico, além de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, roubo, receptação e adulteração veicular.

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As equipes cumpriram 31 mandados de prisão preventiva, 61 mandados de busca e apreensão, 148 mandados de sequestro de veículos, 10 mandados de sequestro e indisponibilidade de imóveis, apreensão e indisponibilidade financeira de R$55 milhões.

As investigações, que duraram aproximadamente dois anos, demonstram que os investigados pertencem a uma extensa e complexa organização criminosa com atuação concentrada na Zona da Mata mineira, especialmente na cidade de Juiz de Fora. O grupo seria responsável, principalmente, por fornecimento e abastecimento de drogas para traficantes regionais.

Segundo apurado, a organização criminosa é estruturada em diversos núcleos, entre os quais estão os setores responsáveis pela logística, que envolve o fornecimento de veículos para o transporte e pagamentos de cargas de drogas; um setor financeiro, que cuida da parte gerencial da atividade econômica, notadamente do tráfico de drogas e da lavagem de dinheiro; e um setor de corrupção, responsável por proteção dos negócios ilícitos com informações privilegiadas de atividades policiais e demais condutas para evitar a responsabilização de integrantes da organização. Além disso, o grupo possui em seu eixo central um núcleo de liderança, que coordena e controla as atividades.

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Conforme o MPMG, as provas demonstram a relação simbiótica que existe entre a organização criminosa desarticulada com outras associações criminosas para a prática permanente de diversas atividades ilícitas, como comércio ilegal de peças e de veículos provenientes de crimes, tráficos de drogas locais, corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro. Informações obtidas por meio de ordem judicial indicam que essas relações criminosas podem ter movimentado quase R$1 bilhão nos últimos cinco anos.

A operação conta com a participação de oito promotores de Justiça, 24 agentes policiais do Gaeco, seis servidores do MPMG e 250 policiais das forças de segurança que participam da operação, dentre eles, 17 equipes da Corregedoria-Geral da Polícia Civil. Há o apoio de dois helicópteros, um da Polícia Miliar e outro da Polícia Rodoviária Federal.

A ação também conta com o apoio da Polícia Militar do Meio Ambiente, da Polícia Penal e da Secretaria de Estado de Fazenda.

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