Tenente da Polícia Militar de SP que matou Leandro Lo deve passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (8)

Tenente Henrique Otávio envolveu-se numa briga no interior da boate The Week, em 2017, e agrediu policial que atendeu a ocorrência

O policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, suspeito de matar o octacampeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo, na madrugada do último domingo (7), se entregou para a corregedoria da Polícia Militar na cidade de São Paulo. À reportagem da Jovem Pan Online, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) informou que o PM será encaminhado para audiência de custódia nesta segunda-feira (8). O Ministério Público pediu prisão preventiva de 30 dias. “O caso segue em investigação pelo 16º DP (Vila Clementino). O policial militar foi ouvido pela autoridade policial e será encaminhado para audiência de custódia nesta segunda-feira (8). A vítima foi socorrida ao Hospital Saboya, onde foi constatada a sua morte. Paralelamente, a Polícia Militar também instaurou uma apuração administrativa”, informou a SSP, em nota.

Leandro Lo levou um tiro na cabeça durante uma festa no Clube Sírio, em São Paulo, no último domingo. De acordo com o advogado da família, Ivã Siqueira, o lutador imobilizou o policial militar após uma discussão. Na sequência, Henrique Oliveira sacou uma arma e atirou no rosto do multicampeão do jiu-jítsu. Através das redes sociais, Fátima Lo, mãe de Leandro, lamentou a perda. “Meu herói, lindo da mãe! Você foi um presente de Deus na minha vida. Vou sentir tanta sua falta, tá faltando um pedaço de mim. Te amo eternamente filho amado. Guardarei as lembranças boas que foram muitas. Vc fazia eu me sentir a mãe mais amada do mundo. Muito obrigada pelo seu amor, seu cuidado. Te amo muito, saudade eterna”, declarou.

 O policial militar já foi condenado por agressão em 2021

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PM Henrique Velozo é acusado de ter atirado na cabeça de Leandro Lo — Foto: Reprodução

Na madrugada de 27 de outubro de 2017, o tenente envolveu-se numa briga no interior da extinta The Week, localizada na Lapa. Ao ser abordado por policiais que foram acionados para atender a ocorrência, já do lado de fora do local, ele agrediu e desacatou os colegas de farda.

A condenação foi proferida em maio do ano passado e estipulou como pena nove meses de prisão em regime aberto. Conforme o relatado na decisão, Henrique estava exaltado e deu um soco no braço do soldado Flávio Alves Ferreira. Ele teria feito xingamentos e, ainda, questionou: “Quem é você?”

No depoimento, a vítima relatou que ao chegar na porta da boate, percebeu que o tenente estava dificultando a imobilização e foi para cima dos policiais. Dois seguranças da boate conseguiram contê-lo e retiraram a arma que ele carregava na cintura.

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Em dado momento, Flávio esticou o braço, pedindo que ele mantivesse distância, e Henrique revidou com dois socos. Um pegou no braço do soldado e o segundo, que seria para pegar no rosto, acertou de raspão a região do maxilar.

O policial estava na companhia de um primo, Iury Oliveira do Nascimento, que havia acabado de ser aprovado para integrar a PM de São Paulo. Os dois saíram para comemorar e, durante a noite, o primo teria se envolvido numa briga no interior da boate e acabou agredido por sete rapazes.

A denúncia foi oferecida ao Tribunal de Justiça Militar de São Paulo (TJMSP) no dia 25 de junho de 2019. A sentença em segunda instância pelos crimes de agressão a inferior e desacato foi dada no dia 13 de maio do ano passado, após recurso do Ministério Público.

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Morte do lutador de jiu-jítsu

Leandro Lo, octacampeão mundial de jiu-jítsu, foi assassinado em São Paulo (Reprodução/Instagram/@leandrolojj)

Na noite desse domingo (7), Henrique deu um tiro na cabeça do campeão de jiu-jítsu Leandro Lo, durante uma briga no Clube Sírio, em São Paulo.

O lutador teve uma discussão com o PM e, para acalmar a situação, teria imobilizado Henrique. Tudo começou, segundo a Polícia Civil, depois que o tenente foi até a mesa onde estava Leandro Lo e pegou uma garrafa de bebida.

Ao se soltar da imobilização do lutador, o policial se afastou, sacou a arma e atirou na testa de Leandro. Uma testemunha, que não quis ser identificada, relatou que o autor do disparo estava sozinho e provocou Lo e mais cinco amigos.

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O policial militar teve a prisão decretada e está preso. Leandro Lo foi campeão mundial de jiu-jístu por oito vezes. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Municipal Arthur Saboya, no Jabaquara, na zona sul de São Paulo, mas não resistiu.

Com informações da Jovem Pan News/Portal Metrópoles

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