Cidade de Minas Gerais gastará R$ 2,3 mi com Gusttavo Lima, Bruno e Marrone e mais shows

O maior valor gasto será com o "Embaixador", cujo contrato foi de R$ 1,2 milhão.

A cidade de Conceição do Mato Dentro, no Alto Jequitinhonha, fechou contratos de R$ 2,34 milhões para uma série de shows no próximo mês. O maior valor gasto será com o artista Gusttavo Lima, cujo contrato foi de R$ 1,2 milhão.

Entre os outros shows Executivo estão as duplas Bruno e Marrone, com o custo de R$ 520 mil, Israel e Rodolffo por R$ 310 mil e Di Paulo e Paulino por R$ 120 mil. Já João Carreira, foi contratado por R$ 100 mil, enquanto Thiago Jonathan receberá R$ 90 mil da prefeitura.

A cidade tem uma população estimada de 17 mil pessoas. O orçamento anual previsto pela prefeitura para 2022 é de R$ 689 milhões. O gasto média com Educação na cidade, por exemplo, é de R$ 1,1 milhão por mês.

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Para o show do Gusttavo Lima, por exemplo, a prefeitura ainda vai ceder um veículo executivo blindado e quatro vans, uma dela executiva. Vai ser a prefeitura também que vai arcar com a hospedagem "no melhor hotel da região" de 40 pessoas da equipe de Gusttavo Lima, que poderá especificar o hotel ou pedir a troca se não gostar do fornecido pelo Executivo. A prefeitura vai pagar também uma diária de alimentação no valor de R$ 4.000 para a equipe técnica e banda.

Metade do valor já foi pago em abril, quando o contrato foi assinado, e a outra metade será paga cinco dias antes da apresentação musical.

Todos os processos de contratação foram dispensados de licitação e são justificados "para atender as demandas da Secretaria Municipal De Turismo".

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A reportagem procurou a assessoria da Prefeitura de Conceição de Mato Dentro e aguarda retorno.

Sertanejo no foco

Recentemente, o "Embaixador" se viu no meio de polêmicas após a dupla Zé Neto e Cristiano criticar o uso da Lei Rouanet. Após a declaração, internautas começaram a levantar o valor pago por prefeituras a shows sertanejos sem que haja a fiscalização exigida pela Rouanet, por exemplo. 

Nesta semana, Gusttavo Lima afirmou que não é seu papel "fiscalizar as contas públicas" e a origem do dinheiro que prefeituras e demais esferas governamentais usam para pagar seus cachês, que chegam a R$ 1 milhão.

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A declaração foi encaminhada à "Folha de S.Paulo" nesta quinta-feira por meio da assessoria de imprensa do artista um dia depois de o jornal ter noticiado que o Ministério Publico de Roraima vai investigar a Prefeitura de São Luiz, cidade do interior do estado, por pagar R$ 800 mil ao cantor por um show marcado para dezembro.

O Ministério Público quer que a prefeitura esclareça a origem do dinheiro e qual será o retorno que a apresentação do cantor trará para os moradores de São Luiz.

A cidade, localizada a 275 quilômetros de Boa Vista, a capital do estado, tem 8.232 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É como se cada morador, entre adultos e crianças, estivesse pagando um ingresso de cerca de R$ 100 para custear o cachê do cantor.

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