Policiais penais, delegados e peritos foram orientados a só realizar serviços de urgência; greve por reajuste de salário foi deflagrada na segunda-feira (21)
Sindicatos que representam as forças de segurança de Minas Gerais divulgaram, nesta terça-feira (22), uma cartilha com orientações para atuação dos policiais durante a greve, deflagrada ontem em todo o Estado.
Entre as recomendações aos policiais penais, por exemplo, estão o impedimento do banho de sol e visitas íntimas aos presos detidos em penitenciárias do Estado, além da suspensão de atendimentos a advogados dos detentos. Além disso, só serão feitas escoltas de urgência.
No caso de policiais civis, a Associação dos Delegados da Polícia Civil de Minas Gerais (Adepol-MG) recomenda que os delegados não usem recursos próprios para custear unidades e viaturas, não se desloquem em viaturas que não estejam com a manutenção em dia e só viajem caso a diária já tenha sido depositada pelo Governo do Estado.
Delegados também foram orientados a não permitir que servidores cedidos por outros órgãos realizem procedimentos como oitivas ou registro de ocorrências.
Já os peritos criminais foram orientados a atender somente casos de homicídios, suicídios e acidentes de trabalho e trânsito, com vítima fatal.
Greve
Policiais militares, civis, penais e bombeiros anunciaram uma greve nesta segunda-feira (21), após uma manifestação reunir milhares de pessoas nas ruas de Belo Horizonte.
Eles pedem o reajuste salarial com base nos índices de inflação dos últimos anos.
Em 2020, o governo Zema chegou a enviar um projeto de lei pedindo autorização para reajustar os salários dos policiais em 41%, divididos em três parcelas. No entanto, o governo voltou atrás e só honrou com a primeira parcela, que reajustou os salários dos membros das forças de segurança em 13%.
Nesta segunda-feira (21), o Governo de Minas afirmou confiar nos integrantes das forças de segurança do Estado e disse que busca alternativas para conseguir garantir o reajuste salarial.
"O Governo de Minas reforça que reconhece a necessidade de reposição salarial dos servidores das Forças de Segurança e das demais categorias do funcionalismo estadual. O Estado se mantém aberto ao diálogo e em busca de uma solução que garanta os recursos necessários para implementação do reajuste, mas com responsabilidade e previsibilidade fiscal", divulgou, em nota.
PUBLICIDADE
