A Anvisa aprovou a aplicação da CoronaVac em crianças e adolescentes entre seis e dezessete anos de idade. A decisão foi tomada por unanimidade nesta quinta (20) e inclui o grupo, exceto os imunossuprimidos, na bula da vacina contra a Covid-19.
Das vacinas em uso no Programa Nacional de Imunização, o PNI, apenas a Pfizer já tinha autorização da Anvisa para ser aplicada em pessoas da mesma faixa etária. A pediatra Natalia Bastos destaca que a CoronaVac já era aplicada em pessoas da mesma faixa etária em outros países, como no Chile, em que crianças acima dos três anos já podem tomar o imunizante.
“É uma vacina segura. A aplicação dela induz produção de anticorpos em 50% dos casos. Ela tem menos efeito colateral e isso vai ser positivo, porque vai trazer uma maior adesão à vacinação.”
De acordo com a agência, a ampliação do uso da CoronaVac tem como base estudos realizados em diversos países, como China e Chile, cujos resultados disponíveis até o momento sugerem que há benefícios e segurança para a utilização da vacina na população pediátrica.
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Para a infectologista Joana D’arc Gonçalves da Silva, a decisão da Anvisa é acertada.
“A CoronaVac é uma vacina segura. Vários estudos já demonstraram que ela tem eficácia comprovada. Inclusive, alguns casos de pessoas que têm alergia severa à vacina da Pfizer, por exemplo, tiveram que tomar CoronaVac. É uma opção a mais, até para a gente poder ajustar, rever algumas possíveis reações adversas, e poder contribuir para acelerar a imunização da população.”
A aplicação da CoronaVac em crianças e adolescentes seguirá o mesmo esquema vacinal dos adultos, isto é, duas doses da vacina, com um intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda.
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Reportagem, Felipe Moura
