Após Bolsonaro acusar Witzel, AGU determina apuração sobre vazamento de depoimento de porteiro

Em mais uma reação à citação do nome do presidente Jair Bolsonaro na investigação sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, o advogado-geral da União, André Mendonça, determinou na quarta-feira (30), à Procuradoria-Geral da União, órgão vinculado à Advocacia Geral da União (AGU),  que apure o vazamento de informações do inquérito sobre o crime. No despacho, Mendonça cita eventual prática de improbidade administrativa cometida por agentes públicos.
 

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A investigação sobre a morte da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018, está sob responsabilidade da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Bolsonaro atribuiu ao governador do Estado, Wilson Witzel, o vazamento do depoimento de um porteiro, revelado pela TV Globo, na terça-feira, 29.
Após dizer que um dos acusados pelo crime teria entrado no condomínio com autorização de uma pessoa que atendeu o interfone na casa do presidente, o porteiro foi desmentido ontem pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. O governador nega ter sido o responsável pelo vazamento do depoimento.
O advogado-geral da União também enviou o pedido ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, sugerindo a abertura de um inquérito pela Polícia Federal para apurar os crimes previstos na Lei de Segurança Nacional.
Mendonça cita o artigo 26 da lei para justificar a medida. "Constitui crime 'caluniar ou difamar o presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação', incorrendo na mesma pena aquele que, 'conhecendo o caráter ilícito da imputação, o propala ou divulga'", escreve o advogado-geral.
No documento, divulgado na noite dessa quarta-feira em sua conta no Twitter, Mendonça cita o fato de o processo ser sigiloso e que o "referido vazamento foi utilizado para relacionar a pessoa do presidente da República aos possíveis envolvidos no crime sob investigação".
 

Bolsonaro atribui a Witzel vazamento que o vincula a caso Marielle; governador nega

Em live gravada durante a madrugada na Arábia Saudita, presidente classificou reportagem da TV Globo como 'patife' e 'canalha'

 
Bolsonaro também compartilhou o documento em seu Facebook. "O porteiro é aquele que menos tem culpa nesse novo crime", escreveu o presidente, referindo-se ao vazamento. "Muitas autoridades tiveram acesso a um processo que corria em segredo de justiça", completou Bolsonaro.
A iniciativa da Advocacia-Geral da União é diferente da investigação solicitada ontem pelo procurador-geral da União, Augusto Aras. Neste caso, o Ministério Público Federal do Rio vai apurar em quais circunstâncias ocorreram os depoimentos do porteiro e se houve “tentativa de envolvimento indevido” do nome de Bolsonaro no caso.
A Globo, sabendo dos fatos e podendo esclarecê-los, preferiu levantar suspeitas contra o Presidente e alimentar narrativas criminosas. Um simples acesso aos registros internos do Condomínio mostra que no dia 14/03/2018 NENHUMA solicitação de entrada foi feita para a casa 58.
Nos registros, é mostrado que às 17:13, uma solicitação de entrada foi feita por uma pessoa de nome Elcio PARA A CASA 65. NEM ANTES, NEM DEPOIS DESSA LIGAÇÃO há tentativa de contato com Bolsonaro. ÁUDIO MOSTRA A CONVERSA DO PORTEIRO COM OUTRA PESSOA.
Nos registros, é mostrado que às 17:13, uma solicitação de entrada foi feita por uma pessoa de nome Elcio PARA A CASA 65. NEM ANTES, NEM DEPOIS DESSA LIGAÇÃO há tentativa de contato com Bolsonaro. ÁUDIO MOSTRA A CONVERSA DO PORTEIRO COM OUTRA PESSOA.
Estamos vendo que a Globo tem poder de acusar qualquer um de qualquer coisa. Pode te acusar de envolvimento com crimes mesmo comprovadamente não estando no lugar, porque alguém disse que te viu. Não há responsabilidade com a VERDADE! Fatos são meros detalhes. Inacreditável.

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