A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em uma ação conjunta com a Polícia Militar, deflagrou na manhã desta segunda-feira (9) a Operação Escarlate em Divinópolis, região Centro-Oeste do estado. A operação é resultado de uma minuciosa investigação sobre quatro homicídios brutais, ocorridos entre os meses de março e maio, todos com fortes indícios de ligação com o tráfico de drogas na região.
Investigação Aponta Disputa por Território no Tráfico
As investigações, coordenadas pela equipe especializada em homicídios da Polícia Civil em Divinópolis, tiveram início em março, após o assassinato de um homem de 31 anos no bairro Catalão. A partir desse caso, os investigadores aprofundaram as diligências e identificaram conexões entre suspeitos e outros crimes violentos que assolaram o município nos meses subsequentes.
De acordo com as apurações, os homicídios estão intrinsecamente ligados à acirrada disputa pelo controle do lucrativo mercado de drogas na área do bairro Alto São Vicente, conhecido popularmente como "Pito Aceso". Essa região tem sido palco de confrontos violentos entre facções rivais, que buscam expandir seu domínio sobre o tráfico e eliminar concorrentes.
Detalhes da Operação Escarlate
A Operação Escarlate, que mobilizou um grande contingente de policiais civis e militares, foi desencadeada com o objetivo de desmantelar o esquema criminoso e responsabilizar os envolvidos nos homicídios. Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e cinco mandados de busca e apreensão em diferentes bairros da cidade, incluindo Afonso Pena, Alto São Vicente e Jardim Floramar.
Durante as buscas, os policiais apreenderam diversos materiais relevantes para a investigação, incluindo telefones celulares, equipamentos de câmeras de segurança e um tablet. Esses dispositivos serão submetidos à análise pericial, com o objetivo de extrair informações que possam identificar outros membros da organização criminosa e elucidar completamente os crimes.
Dois homens, de 36 e 37 anos, foram presos durante a operação e encaminhados ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça. A identidade dos presos não foi divulgada para não atrapalhar o andamento das investigações.
Apoio da Polícia Penal e Próximos Passos
As investigações contaram com o apoio crucial da Polícia Penal, que realizou diligências em unidades do sistema prisional em busca de elementos que pudessem fortalecer a investigação. Essa colaboração permitiu aos investigadores obter informações valiosas sobre a atuação dos criminosos e sua articulação dentro e fora da cadeia.
A Polícia Civil de Minas Gerais ressalta que as investigações prosseguem com o objetivo de identificar outros envolvidos nos homicídios e desmantelar completamente a organização criminosa. A expectativa é que novas prisões sejam efetuadas nos próximos dias, à medida que as provas coletadas durante a Operação Escarlate sejam analisadas e novas pistas sejam descobertas.
Fotos: Polícia Civil/Divulgação