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À época, a vítima trabalhava em uma construção na fazenda de propriedade de R.S.G., o qual tomou conhecimento que D.S.C. havia furtado de sua propriedade oito ovos de galinha. Os irmãos então teriam torturado a vítima, desferindo contra ela chicotadas na região do rosto, das costas e nos membros inferiores, além de golpes de turquesa.
Toda ação criminosa foi registrado por vídeo que, segundo as investigações, foi gravado e divulgado nas redes sociais por A.F.M., com o intuito de utilizar tal fato como exemplo do que poderia acontecer com os desafetos dos irmãos.
Tomado conhecimento dos fatos, a PCMG em Santa Maria do Suaçuí, iniciou as investigações e apurou que os irmãos que teriam cometido a tortura são também suspeitos da prática de tráfico de drogas, sendo estes indivíduos de alta periculosidade.
Concluída as investigações, o Delegado responsável pela Delegacia em Santa Maria do Suaçuí, Rodrigo Antunes, representou por mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva em desfavor dos suspeitos pela prática do crime de tortura, além de A.F.M., pelo envolvimento no crime.
A operação resultou na prisão dos três suspeitos e na apreensão de mais de R$ 6 mil em dinheiro, um cheque no valor de R$ 2 mil, várias roupas camufladas semelhantes às utilizadas pelo Exército, diversos documentos comprovando intensa movimentação financeira, relógios de luxo, vários aparelhos celulares, além de quatro automóveis (sendo um deles blindado) e uma motocicleta. Todos esses veículos apresentavam indícios de adulteração.
Durante as buscas na residência dos irmãos, F. L. C. O., 23 anos, se exaltou, chegando a quebrar o celular e evadir do local, momento em que foi contido pelos policiais e conduzido à Delegacia de Polícia Civil em Santa Maria do Suaçuí.
Na casa de A.F.M., os policiais encontraram diversas aves da fauna silvestre, sendo que a propriedade das aves foi assumida por Z.F.M., 48 anos, pai do suspeito, que foi preso em flagrante e também conduzido à Delegacia.
Segundo o Delegado Rodrigo Antunes, o nome da operação é em alusão ao gângster Al Capone, que foi preso pelo crime de sonegação fiscal. "No caso dos irmãos R.S.G. e R.A.S.M., nós os prendemos pelo crime de tortura, mesmo sendo suspeitos de atuarem no tráfico de drogas na região”, disse.