Criança sofre queimadura provocada por lagarta Taturana em Pará de Minas

Na tarde deste domingo (06), um menino, de pouco mais de três anos de idade deu entrada na UPA de Pará de Minas após contato com uma lagarta da espécie Lonomia, popularmente conhecida como taturana. Familiares também levaram o inseto dentro de um saco plástico para facilitar o diagnóstico.
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A equipe que fez o primeiro atendimento em Pará de Minas contatou com o Hospital João XXIII que sugeriu a transferência da criança para a instituição.
A transferência foi realizada no final da tarde com o apoio do SAMU de Pará de Minas que levou o paciente da UPA até o Hospital João XXIII.
[caption id="attachment_29868" align="alignnone" width="527"] Taturana (Foto Reprodução)
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Taturana ou tatarana (do tupi Semelhante ao fogo) é o estado larvar (lagarta) das Mariposas (Brasil) ou traças (Europa) do gênero Lonomia e outras.
Estas lagartas têm pilosidades e são potencialmente perigosas.
Há algumas espécies com venenos poderosos, como a Lonomia obliqua, denominadas “taturanas assassinas”, que podem provocar hemorragia, insuficiência renal e até levar à morte. Nos Estados do sul do Brasil chegaram a ocorrer mais de mil casos de acidentes com lagartas do gênero Lonomia, vários destes resultando em morte.
Pesquisas da ESALQ indicam que a proliferação destas deve-se ao fato de vários predadores naturais (contra os quais, curiosamente, os pêlos não são defesa) terem desaparecido com a devastação do ambiente natural.
Desta forma, as taturanas, que antes alimentavam-se das folhas da aroeira e do cedro, passaram a alimentar-se das folhas de árvores dos pomares, diminuindo assim a distância do habitat humano e aumentando a incidência de acidentes.
As queimaduras provocadas por taturanas fazem-se acompanhar de dor intensa, que se irradia pelo corpo e leva com freqüência ao intumescimento de gânglios.
A dor costuma ceder em pouco tempo, embora possa prolongar-se por até mais de 24 horas e associar-se a sintomas generalizados de intoxicação, como febre, náusea e eliminação de sangue na urina.
O nome taturana, com as variantes tataurana e tatarana, aplica-se no Brasil a diversas lagartas de mariposas, também chamadas bichos-cabeludos e lagartas-de-fogo, que têm o corpo revestido de finíssimos pêlos urticantes. Esses pêlos ou cerdas, ligados na base a células glandulares que elaboram substâncias tóxicas, dispõem de pontas muito agudas pelas quais, mal são tocados, inoculam bruscamente seu veneno no homem. As queimaduras ou irritações mais leves resumem-se a uma vermelhidão no local da pele atingido. As mais graves chegam a ocasionar formação de bolhas. Pessoas com tendências alérgicas são as mais predispostas à complicação dos efeitos.
O veneno da espécie Lonomia obliqua, conhecida vulgarmente como “lagarta assassina” e encontrada no Rio Grande do Sul, tem potência comparável ao de uma jararaca. Seu efeito anticoagulante provoca hemorragias e insuficiência renal que podem causar a morte da pessoa intoxicada.

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