Talco com amianto leva Johnson & Johnson a pagar US$ 4 bi a mulheres que tiveram câncer

A empresa farmacêutica Johnson & Johnson foi condenada a pagar US$ 4,690 bilhões a 22 mulheres e suas famílias que alegam ter usado um talco vendido pelo grupo que continha amianto e lhes causou câncer. Decisão é do tribunal dos Estados  Unidos. A matéria continua após a publicidade A decisão é a última de uma série de milhares de ações apresentadas contra a Johnson & Johnson relacionadas ao talco. Segundo as agências internacionais, um juri composto por seis homens e seis mulheres em St. Louis, Missouri (centro), decidiu a favor das mulheres ao fim de seis semanas de julgamento. As 22 mulheres afirmavam que o uso do talco para sua higiene pessoal provocou câncer nos ovários. “Por mais de 40 anos Johnson & Johnson encobriu a evidência da presença de asbesto em seus produtos”, disse o advogado das vítimas em um comunicado. O grupo declarou estar “profundamente decepcionado com o veredito” e destacou que a decisão de “conceder exatamente o mesmo valor a todas as demandantes, independentemente de seus dados individuais e diferenças legais, reflete que a evidência no caso foi simplesmente esmagada...”. O grupo nega a presença de amianto em seus talcos e prometeu apelar da decisão. Uma fibra mineral de amplo uso comercial, o amianto está proibido em grande parte do mundo desde o fim dos anos 90 por sua toxicidade e por ser potencialmente cancerígeno. Em outubro, uma Corte de Apelações de Los Angeles barrou uma decisão que condenava a Johnson & Johnson a pagar US$ 417 milhões, assinalando que os argumentos dos demandantes eram insuficientes e vagos.

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