De Minas para Santos: Galpão leva música e teatro para a rua

Segunda-feira também é dia de teatro. E esqueça a poltrona, o espaço físico e os ingressos: de Minas para Santos, dentro de uma turnê que pretende percorrer cinco cidades litorâneas do Brasil, o Grupo Galpão estaciona na Praça Mauá hoje e amanhã, com dois de seus mais recentes espetáculos.

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Hoje entra em cena ‘De Tempo Somos – um sarau do Grupo Galpão’, dirigido por Lydia Del Picchia e Simone e Ordones, e amanhã, ‘Os Gigantes da Montanha’, dirigido por Gabriel Villela. As duas apresentações acontecem às 20h, com entrada franca. Em seguida, a turnê - que conta com o patrocínio master da Petrobras - passará por Caraguatatuba - SP (24 e 25 de maio), Macaé – RJ (27 e 28 de maio), Campos – RJ (30 e 31 de maio) e Vitória - ES (2 e 3 de junho). No repertório do Grupo Galpão desde 2013, ‘Os Gigantes da Montanha’ foi uma escolha do diretor Gabriel Villela para celebrar o reencontro com o grupo, depois do sucesso de Romeu e Julieta (1992) e A Rua da amargura (1994). O espetáculo, escrito por Luigi Pirandello, narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila mágica, povoada por fantasmas e governada pelo Mago Cotrone. O clássico atemporal do dramaturgo italiano é uma alegoria sobre o valor do teatro (e, por extensão, da poesia e da arte) e sua capacidade de comunicação com o mundo moderno, cada vez mais pragmático e empenhado nos afazeres materiais. Para compor o repertório musical, foram selecionadas algumas árias e canções italianas, populares e modernas. “Ciao Amore”, “Bella Ciao” e outras músicas ganharam novos arranjos, feitos por Ernani Maletta, para ambientar a atmosfera onírica da fábula. Tendo a música como elemento fundamental, o espetáculo ‘De Tempo Somos – um sarau do Grupo Galpão’, de 2014, dirigido pelas atrizes Lydia Del Picchia e Simone Ordones, realiza um sonho antigo do grupo de celebrar, com o público, o encontro da música e do teatro, tão presente na trajetória de 35 anos da companhia. Em cena, o grupo propõe um novo formato de espetáculo e se apresenta num sarau de canções, poesia e festa, que resultou em um CD de mesmo nome, produzido por Chico Neves, lançado no ano passado. Com direção musical e arranjos de Luiz Rocha, os atores cantam e executam no palco, ao vivo, 25 canções de trabalhos mais antigos como “Corra enquanto é tempo” (1988) e “Álbum de Família” (1990); passando também por “Romeu e Julieta” (1992), “Um Moliére Imaginário” (1997) e “Partido” (1999), chegando até a espetáculos mais recentes como “Tio Vânia” e “Eclipse” (ambos de 2011), além de músicas que surgiram em workshops internos e que chegam a público pela primeira vez. “A cantoria é a celebração do encontro, da festa, da disposição para seguir em frente (apesar de tudo que nos faz pender para o chão!), do espírito libertário e contestador inerente a toda reunião festiva”, explica Lydia Del Picchia. Histórico Criado em 1982, o Grupo Galpão tem sua origem ligada à tradição do teatro popular e de rua. Há 35 anos desenvolve um teatro que alia rigor, pesquisa e busca de linguagem, com montagem de peças que possuem grande poder de comunicação com o público. Formado por atores que trabalham com diferentes diretores convidados, como Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Yara de Novaes e Marcio Abreu (além dos próprios componentes que também já dirigiram espetáculos do Grupo), o Galpão formou sua linguagem artística a partir desses encontros diversos, criando um teatro que dialoga com o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro de rua e o palco, o universal e o regional brasileiro.

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