Servidores da segurança em Minas Gerais ameaçam paralisar serviços por causa do 13º

Em meio à incerteza sobre o pagamento do 13º salário de 2019, lideranças da segurança pública já ameaçam paralisar os serviços a partir do dia 24 de dezembro, véspera de Natal. Se até o dia 23 o salário extra não for depositado, os agentes prometem que só vão atender ocorrências graves, em uma operação batizada de “Cana Zero”.
 

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O alerta foi dado ontem, durante manifestação da categoria em Belo Horizonte. Cerca de 50 pessoas fizeram um ato em frente ao Tribunal de Contas (TCE-MG), no bairro Luxemburgo, e seguiram em passeata pela avenida Raja Gabaglia até a Assembleia Legislativa (ALMG). O protesto foi uma resposta dos agentes ao Ministério Público (MP) de Contas, que, na semana passada, solicitou a suspensão da operação financeira que garantiria o 13º salário. O pedido, no entanto, foi negado anteontem pelo Tribunal de Contas.
Conforme explicou o tenente-coronel da reserva da Polícia Militar Domingos Sávio de Mendonça, a operação “Cana Zero” deve começar com um ato em frente ao Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam), localizado no centro da capital mineira. “Vamos esperar até o nosso limite, que é o dia 23 de dezembro. Aí, então, teremos que iniciar a estratégia”, reforçou.
Até lá, outros atos estão sendo programados. A próxima manifestação será no domingo, na penitenciária Nelson Hungria, localizada em Contagem. O ato vai coincidir com o dia de visita aos detentos. “Vamos levar dois ônibus com manifestantes, faixas e carro de som e pedir aos policiais que façam uma operação-padrão”, detalhou Mendonça.
Outra manifestação também está programada para acontecer em Araxá, terra natal do governador Romeu Zema (Novo). “Vamos criar o ‘Natal sem dinheiro, mas com dignidade’ e vamos deslocar dois ônibus para a cidade, para fazer um protesto em frente à casa do pai do Romeu Zema. Enquanto eles vão estar lá, com as ceias fartas, a polícia vai estar na miséria”, disse, sem detalhar a data em que a manifestação deve acontecer.
Procurado, o governo de Minas informou que não iria se posicionar sobre o assunto.

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