Polícia Civil perdeu imagens que identificariam os assassinos de Marielle Franco

Policiais da DH da Capital (Delegacia de Homicídios do Rio) perderam imagens consideradas "relevantes" sobre os assassinos da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes. Nelas era possível observar, com maior clareza, quem eram os ocupantes do Cobalt prata com placa clonada, veículo que disparou os tiros e cometeu o duplo homicídio.

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Uma denúncia do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) - que foi aceita pela justiça - aponta que o policial reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz estavam dentro do Cobalt que emparelhou com o carro da vereadora e efetuou os disparos. A defesa, porém, nega que eles tenham cometido o crime. E as imagens que poderiam identificar com maior clareza quem eram os ocupantes do veículo de placa clonada foram perdidas pela Polícia Civil.
A primeira imagem obtida do Cobalt foi por volta das 17h34. no Quebra-Mar, na Barra da Tijuca. As 18h16 o mesmo veículo é visto nas câmeras de segurança de um estabelecimento comercial na Tijuca, bairro onde Marielle residia. Já as 18h44 o Cobalt estava na mesma rua onde a vereadora participaria de um evento antes de ser assassinada.
Segundo o UOL, agentes da DH da Capital obtiveram "imagens relevantes" nesse intervalo de 28 minutos. Imagens essas que poderiam identificar quem eram os ocupantes do veículo que efetou os disparos contra o carro da vereadora. Os policiais pegaram essas imagens em um estabelecimento comercial e salvaram em um pendrive. Porém, 15 dias depois, eles alegaram terem perdido o dispositivo. E o estabelecimento não conseguiu recuperá-las nas gravações originais.
Procurada pelo UOL, a Polícia Civil do RJ respondeu que o caso segue sob "sigilo".

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