Advogada é presa pela PF suspeita de golpe no auxílio-reclusão em Formiga (MG)

A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (16) um mandado de prisão preventiva e outros quatro mandados de busca e apreensão para combater fraudes no auxílio-reclusão na cidade de Formiga (a 197 km de Belo Horizonte). Prejuízo calculado é de cerca de R$ 1,4 milhão.
 

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As investigações começaram em março deste ano depois que o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) descobriu indícios de fraudes no benefício.
O auxílio-reclusão é um benefício social pago pelo governo federal a dependentes de segurados do INSS que estão presos em regime fechado ou semiaberto. O auxílio só é depositado enquanto o detento está preso e, pelas regras, ele não pode estar recebendo salário ou outro benefício do INSS.
De acordo com as investigações do INSS, uma advogada da cidade de Formiga (MG) teria protocolado ao menos 20 processos de auxílio-reclusão fraudados. Após inquérito policial aberto pela Polícia Federal, ela teria usado certidões de nascimento e atestados carcerários falsos para entrar com o pedido formalmente junto ao órgão.
Além disso, a advogada teria alterado as datas dos documentos para simular que o detendo continuava preso quando, na verdade, ele já havia deixado a prisão. Em ao menos um caso, o beneficiário sequer tinha sido preso, mas a advogada apresentou documento que confirmava que ele estava detido.
Outra fraude praticada no processo era a inclusão de dependentes que não existiam por meio de certidões de nascimento falsificadas.
A advogada foi encaminhada ao presídio Floramar, na cidade vizinha de Divinópolis e responderá pelos crimes de estelionato contra o INSS, falsificação e uso de documentos falsos, além de outros crimes que poderão ser identificados no decorrer das investigações.

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