Hospital Felício Rocho e Feluma realizam procedimento inédito na América Latina

A vida do jovem Iago Lopes dos Santos, 23 anos, mudou após dar entrada no bloco cirúrgico do Hospital Felício Rocho, no último dia 07 de dezembro de 2018. O rapaz foi submetido à um transplante inédito na América Latina, no qual recebeu um rim com auxílio de cirurgia robótica.
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Antes da cirurgia, Iago vivia no processo de hemodiálise por conta de complicações renais. Ele vive em Governador Valadares (MG), região do Vale do Rio Doce, e carecia se deslocar 3 vezes por semana à uma clínica para realizar o procedimento exaustivo que o mantinha vivo até que sua irmã, Viviane Lopes dos Santos, de 36 anos, foi diagnosticada como apta para a doação de um rim.
Após avaliações do corpo clínico do Hospital Felício Rocho, onde Iago procurou pelo Transplante Renal, a decisão foi realizar o primeiro transplante de receptor renal por via robótica da América Latina. Trata-se de um procedimento inovador, pouco invasivo, no qual o robô auxilia no implante do órgão no corpo do paciente por meio dos braços mecânicos. Tanta inovação é resultado de uma parceria entre o Hospital Felício Rocho e a Faculdade Ciências Médicas De Minas Gerais (Feluma).
Quem realizou essa etapa do procedimento foi o médico Cirurgião e Urologista Dr. Denilson Santos Custódio com o auxílio do Dr. Ricardo de Castro Gontijo, médicos do Hospital Felício Rocho com a Preceptoria do Cirurgião Geral, Dr. Enrico Benedetti, Chefe de Departamento da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos e seu auxiliar Dr. Pierpaolo di Cocco.
[caption id="attachment_28877" align="alignnone" width="641"] Divulgação[/caption]
Antes disso, o médico urologista Dr. Marco Túlio Lasmar, retirou o rim da doadora utilizando o método laparoscópico. Depois, o órgão foi levado para o doador.
Dr. Marco Túlio já possui experiência nesse tipo de procedimento. Anteriormente, nesse ano, ele realizou a primeira retirada de um órgão por via robótica, também no Hospital Felício Rocho.
“O transplante renal é a melhor terapia de substituição renal em portadores de insuficiência renal crônica. Ele melhora a qualidade de vida e o tempo de vida desses pacientes. Implantar o robô nesse tipo de processo colabora ainda mais para essa cirurgia tornar-se segura, eficaz e para que a recuperação seja mais rápida e menos dolorida”, explica o Dr. Denilson.
Todo o procedimento durou cerca de três horas. Os médicos, fizeram pequenas aberturas no corpo do receptor através das quais foram inseridos os braços do robô. Depois disso, fez-se uma pequena incisão no abdômen e o órgão foi depositado na cavidade abdominal ao alcance da plataforma robótica. Então, os cirurgiões assumiram o controle do aparelho e aos poucos alojaram o órgão no local ideal. Feito isso, o cirurgião retirou o mecanismo e suturou as incisões no abdome do paciente.
Para a Equipe, o resultado foi excelente e foi fruto do grande envolvimento dos médicos Cirurgiões e Nefrologistas da Unidade de Transplantes do Hospital, Anestesiologia e Equipe de Enfermagem. Também foi fundamental a participação dos convidados estrangeiros que têm uma das maiores experiências mundiais neste tipo de cirurgia. O rim transplantado funcionou imediatamente. Iago ainda não recebeu alta porque está em observação por conta da complexidade do procedimento, mas ele não precisou de nenhuma nova sessão de hemodiálise após a cirurgia.
A plataforma robótica é de uma precisão gigantesca. Bastante usada em cirurgias de Próstata, de Rim, mas também em muitos outros tipos de procedimentos, de várias especialidades médicas e com resultados muito satisfatórios. Tudo isso porque o robô atua com uma visão tridimensional, magnificada, que capta detalhes anatômicos de uma forma ampliada e com ótima qualidade de imagem, além de uma maior amplitude de movimentos.
“Os benefícios da cirurgia robótica incluem uma série de vantagens: menos dor no pós-operatório, retorno precoce às atividades do dia a dia e até mesmo melhores resultados estéticos. Sem dúvida, esse procedimento realizado pela parceria do Hospital Felício Rocho com a Feluma é um avanço e tanto para a medicina brasileira e principalmente para os nossos pacientes”, conclui o Dr. Denilson Custódio.

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