Atirador de Campinas se sentia “perseguido”, segundo delegado

A Polícia Civil de São Paulo encontrou um diário pertencente ao atirador Euler Fernando Grandolpho,  responsável pelo ataque na Catedral Metropolitana de Campinas (SP) na tarde de terça-feira (11). Os agentes pretendem agora investigar o trajeto e as situações vivenciadas por Euler desde que saiu de sua casa, em Valinhos, até o momento em que chegou à Catedral e que antecederam o ataque.
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Os policiais pretendem descobrir como ele se deslocou, já que não possuía carro, e também se encontrou alguém no caminho. Já se sabe que ele almoçou em casa, com a família, e depois saiu em direção à igreja, onde cometeu os assassinatos às 12h15, cerca de uma hora depois do almoço.
Os policiais também irão investigar o diário encontrado na casa do atirador, onde Grandolpho tinha o hábito de anotar placas de carros e outras informações sobre supostas perseguições a ele.
“Ele tinha um perfil de se sentir perseguido. Chegou a registrar boletins de ocorrência e segundo consta, até em função desse perfil, que poderia vir de uma depressão, ele fez uma consulta no CAPS que é um centro de apoio psicossocial para tratar disso”, afirmou o delegado do Deinter-2.
Conheça o caso O homem que atirou contra fiéis na Catedral Metropolitana de Campinas, no estado de São Paulo, foi identificado como Euler Fernando Grandolpho, analista de sistemas, de 49 anos. De acordo com o delegado José Henrique Ventura, o atirador não tinha passagem pela polícia. Ele abriu fogo contra os fiéis após uma missa: quatro pessoas morreram e quatro ficaram feridas. Euler foi alvejado, mas o tiro pegou na lateral de seu corpo. Então, tirou a própria vida. Não se sabe ainda, entretanto, o que motivou a sua atitude.
Segundo o delegado, o homem não portava documentos. Na mochila que carregava, não foi encontrada nenhuma carta ou qualquer pista sobre a motivação do crime. A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do suspeito é de Valinhos, município do interior de São Paulo que já foi um distrito de Campinas.
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De acordo com os investigadores, ele se sentou entre os fiéis e aguardou até a missa acabar para virar-se e atirar contra os presentes. Segundo o Corpo de Bombeiros, o suspeito teria utilizado um revólver e uma pistola calibre .38 para realizar os disparos. Testemunhas relataram terem ouvido ao menos 20 tiros.
O comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar (PM) de Campinas, major Augusto, disse que o atirador sabia utilizar a munição como alguém treinado. “A forma com que ele manuseava a arma indica que tinha algum tipo de treinamento”, explicou o militar. A polícia acredita que Euler tenha agido sozinho, e agora a corporação está em busca da motivação do ataque.
Em nota, a Arquidiocese de Campinas informou ainda não saber a motivação do crime e que a catedral segue fechada para atendimento às vitimas e investigação da polícia.

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