Polícia Civil desarticula esquema que arrecadou R$ 160 mi com empresas fantasmas e empréstimos falsos

A Operação Apate, realizada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (13), desarticulou uma quadrilha suspeita de movimentar R$ 160 milhões com fraudes processuais e lavagem de dinheiro nos últimos dois anos. Os três suspeitos de comandarem o esquema, incluindo um advogado da capital mineira que morava em apartamento de luxo no bairro Buritis, avaliado em R$ 2,5 milhões, estão foragidos e negociam se entregar. A matéria continua após a publicidade O grupo atuava principalmente em Belo Horizonte, Pará de Minas e Contagem, por meio da abertura e do fechamento sucessivo de empresas fantasmas em nome de empresários famosos, que não sabiam do esquema. Vídeo mostra o momento em que a polícia entrou no apartamento de luxo de um dos suspeitos: Confira: “Uma das vítimas foi o herdeiro de uma grande construtora da capital, reconhecida nacionalmente. Ele viu que havia um pedido de emissão de CNH em seu nome, com o envio programado para um endereço desconhecido. Após dar queixa, começamos a investigação, há um ano, e descobrimos o esquema”, afirma o delegado Vinicius Dias, da Delegacia de Fraudes. De acordo com a Polícia Civil, os documentos falsos, emitidos em nome de grandes empresários, eram usados para facilitar a abertura das empresas e também as operações financeiras da quadrilha, como empréstimos falsos. “As empresas duravam poucos meses e, quando as vítimas viam que tinha uma conta corrente ou empréstimo no nome delas, a organização já tinha fechado aquela empresa e passado para outra, de outro ramo. Aparentemente, os membros tinham um bom conhecimento de trâmites comerciais, facilidade para solicitar procurações em cartórios e acesso a processos em fóruns e no Tribunal de Justiça”, afirma Dias. [gallery type="slideshow" size="full" ids="21511,21512,21513,21514,21515,21516,21517,21518,21519,21520,21521,21522,21523"] Nas casas dos suspeitos foram apreendidos relógios, carros de luxo, bebidas e instrumentos musicais. Entre outros crimes, os envolvidos responderão por organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsificação de documento público e particular, estelionato e falsidade ideológica. A pena mínima é de 25 anos de reclusão, podendo chegar a 60 anos.

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