Em Congresso, pré-candidatos focam ataques ao governo de Minas

A rodada de perguntas e respostas para os pré-candidatos ao governo de Minas durante o 35º Congresso dos Municípios Mineiros, nesta quarta-feira (20), em Belo Horizonte, foi marcada por ataques ao governo de Minas e críticas ao governador Fernando Pimentel (PT), que não compareceu ao evento. A matéria continua após a publicidade As principais críticas ao governo estadual aconteceram quando se foi abordado o atraso nos repasses aos municípios. O próprio vice-governador Antonio Andrade (MDB), pré-candidato do MDB, alfinetou a administração pela saída de empresas e investimento do mercado privado do Estado. "Vejo empresas saindo de Minas por não terem contato com o governador. O próprio secretário de Fazenda não atende os empresários. Vi empresários reclamando muito disso", disse Andrade, fazendo referência, também, ao secretário José Afonso Bicalho. O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) também criticou a "falta de diálogo" entre o governador e os municípios por conta dos atrasos nos repasses. "A situação dos municípios é de queda na receita e total descumprimento dos compromissos firmados pelo Estado. Isso se dá muito pela falta de diálogo, tanto que o governador não está aqui para ver mais de 400 prefeitos que prestigiam o congresso", criticou o pré-candidato. A delicada questão fiscal do Estado também foi abordada pelos pré-candidatos. João Batista Mares Guia (Rede) disse que é necessário entender o abismo que a administração se encontra. "O déficit é enorme, a questão não é como resolver agora, já que a longo prazo estaríamos ultrapassados. A questão é não ter consciência da crise que vivemos. Minas está falida", apontou, para depois também fazer críticas a Pimentel. "Não houve ajuste fiscal. O próximo passo da crise não é parcelar os salários, é nem pagar. Se governador sabia que havia déficit fiscal, por que não resolveu isso? Não se governa jogando pedras no passado". Ex-governador do Estado, o senador Antonio Anastasia (PSDB) também abordou a crise financeira vivida por Minas. Ele, no entanto, disse que os candidatos precisam ser "realistas" nas promessas de âmbito tributário. "Ninguém em sã consciência pode concordar com a carga tributária que vivemos. Minas vive do ICMS, é o grande tributo do estado. E é um tributo complicado de difícil cobrança. Urge uma reforma tributária no país, mas isso depende do Congresso. Em Minas, nenhum candidato terá a coragem de fazer uma redução drástica de tributos. Precisamos ter coragem para ser realistas", disse. O deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM-MG) defendeu que o tamanho do Estado também seja repensado. "É possível o Estado ter esse tamanho? Precisamos debater isso, porque gera administrações ruins. Há uma série de iniciativas que poderiam, por exemplo, seguir para o mercado privado para ser dirigido de forma mais competente, sem política", defendeu. Ele também atacou uma possível "omissão" da atual administração quanto aos municípios. Questionada sobre a situação da malha viária no Estado, a pré-candidata do PSOL, Dirlene Marques, defendeu um maior investimento na criação de ferrovias. "Não há país no mundo que tenha nosso tamanho e que não tenha ferrovias. Temos poucas ferrovias para minério. É um trabalho de custo elevado mas a longo prazo é mais eficiente, econômico". O pré-candidato do Partido Novo, Romeu Zema, também apontou a ampliação das ferrovias como solução para as más condições das estradas no Estado. "Ninguém anda de carro igual eu, até outubro visitarei 300 cidades de carro. Uma solução e a subutilização das ferrovias. Colocar caminhões em cima de trens e desafogar as estradas. Falta vontade e criatividade e competência".  

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