Preso colombiano que enviava cocaína de BH para a Europa em blocos de granito

Suspeito de envolvimento com tráfico internacional de drogas, um colombiano foi preso na manhã desta quinta-feira (14) em São Paulo, de acordo com a Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais. O homem fazia parte de uma quadrilha que enviava cocaína para a Europa em blocos de granito.

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O esquema foi desarticulado em maio do ano passado por investigadores no estado, onde o grupo tinha estrutura montada. A Operação Cullinan resultou no indiciamento de mais de dez estrangeiros por tráfico internacional de cocaína e seis colombianos já haviam sido presos. Dois italianos, um albanês e um venezuelano, que seriam compradores da droga, tiveram pedidos de prisão revogados.

A Polícia Federal informou que contou com o apoio da Polícia Nacional da Colômbia na prisão desta manhã. O suspeito estava com a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal em Belo Horizonte, para onde será levado.

Investigação

Segundo as investigações, os blocos de granito escolhidos pela quadrilha tinham, em média, vinte e duas toneladas. Vários furos eram feitos, em toda a extensão da pedra, e os buracos eram preenchidos com cilindros de chumbo recheados de cocaína pura. Depois, os furos eram cobertos com pedra e resina.

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A PF também informou que, segundo a Polícia Nacional da Colômbia, o chefe da quadrilha preso manteria laços com facções do clã do Golfo e Cordillera, coordenando a venda a carteis da Espanha, Bélgica e Itália. Em Madri, ele teria obtido documentos falsos para sair da Espanha, provavelmente para a Itália, de onde tentaria manter seus contatos com traficantes de drogas na Bolívia, no Peru e no Brasil.

Ainda segundo a corporação, o suspeito de chefiar a quadrilha era integrante de um antigo cartel do narcotráfico colombiano. “O líder da organização criminosa já era conhecido da Polícia Nacional da Colombia, porque após a extinção do Cartel de Cáli e do Cartel de Medellín foi criado o denominado Cartel do Vale do Norte, que hoje não mais existe e ele é um remanescente desse cartel”, contou o delegado Elster Lamoia. O homem foi preso em junho de 2017.

De acordo com a Polícia Federal, a quadrilha se estabeleceu em Belo Horizonte e em Nova Lima, na Região Metropolitana, onde tinha imóveis alugados e uma empresa fictícia para exportar blocos de granito para a Europa, com cocaína escondida dentro.

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Em novembro de 2016, a PF identificou uma exportação feita pelos criminosos, a partir dos portos de Vitória e do Rio de Janeiro. Sete blocos de granito estavam em contêineres, cujo destino final era a Espanha, com entreposto na Antuérpia, na Bélgica.

Cocaína escondida em blocos de granito para exportação, segundo a Polícia Federal em Belo Horizonte, que deflagrou operação (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

Cocaína escondida em blocos de granito para exportação, segundo a Polícia Federal em Belo Horizonte, que deflagrou operação (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

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